Movimento contra a Corrupção
quarta, 23 de agosto de 2017
Vem pra rua - Um movimento que combate a corrupção com resistência pacífica
Nem de esquerda nem de direita, um movimento que defende as cores e o desenvolvimento econômico e social do País por meio da resistência pacífica. Essa é a síntese do Vem pra rua, um movimento criado em 2014 e que atualmente se consolida como uma das mais fortes expressões de brasileiros que não concordam com a corrupção e com seus reflexos e desdobramentos nas esferas pública, privada e em todos os setores da vida nacional. Esse foi o tema de apresentação da porta-voz do Movimento e presidente da Associação Comercial e Empresarial de Rio Negro, Adriana Dornelles Paz Kamien, durante recente encontro empresarial da Caciopar em Guaraniaçu.
Criado por dois amigos em São Paulo, o Movimento cresceu e hoje está presente em 461 cidades brasileiras. O ponto de partida foi saber que o PT lançaria a presidente Dilma Rousseff (ela foi cassada em 2016) à reeleição em 2014. Além de protestar contra a corrupção e os efeitos da maior crise ética, moral e econômica do País, o Vem pra rua passou a empunhar a bandeira da renovação na política. As decisões, segundo Adriana, são tomadas por um grupo de participantes de forma ampla, cuidadosa e democrática. “Todos os membros são voluntários e se doam pela construção de um Brasil diferente desse que aí está. E, para tanto, precisamos mudar o Congresso”, afirma ela.
Os pilares do Movimento são o fim da impunidade, a ética, um Estado eficiente e enxuto e a renovação política. A interlocução é sempre pelo combate à corrupção em todos os ambientes. Uma das bandeiras mais recentes foi o apoio ao fim da contribuição sindical que, de acordo com Adriana, é o combustível da esquerda para eleger seus representantes, aparelhar o Estado e fazer predominar sua ideologia que, ao contrário do que prega, é pela divisão e pela exclusão. “Também disseminamos o princípio de que ninguém está acima da lei e que qualquer pessoa, independentemente de quem seja, deve pagar pelos seus erros em caso de condenação pela Justiça”. O Movimento não é a favor de golpe nem de ditadura. Ele acontece na rua que é o espaço mais democrático que existe. “Enquanto a rua for do povo, ela é também do País”, ressalta Adriana.
Maior da história
Mesmo criado por apenas duas pessoas, a força de aglutinação do Vem pra rua fez com que ele realizasse, em período de apenas alguns meses, quatro megamanifestações. Uma delas, em 13 de maio de 2016, foi a maior da história da humanidade realizada por um motivo que não fosse religioso. Ela reuniu em centenas de cidades 6,4 milhões de pessoas que, com uma mesma voz e um mesmo desejo, manifestaram-se contra a corrupção e os seus efeitos nocivos no conjunto social brasileiro. A mobilização ocorreu em mais de 520 cidades e, segundo Adriana, será difícil outra igualar esse número algum dia.
Existe outra característica importante nas manifestações organizadas pelo Movimento Vem pra rua. Ao contrário de outros, eles são promovidos e contam com a participação de pessoas de bem, por isso as mobilizações ocorrem sem violência, sem quebra-quebra, sem agressões e sem a depredação de qualquer bem público. “Somos brasileiros respeitados e respeitadores que lutam por um Brasil melhor”. Adriana informou também sobre panelaços, protestos em frente à casa de políticos corruptos e de mapas, a exemplo do impeachment e contra a criação de um fundo público bilionário para campanhas eleitorais, que mobilizam milhões de pessoas.
Adriana solicita apoio dos empresários ligados às associações empresariais da região Oeste do Paraná para a massificação dos acessos ao mapa contra o fundo eleitoral. Ela pede atuação e pressão dos brasileiros contra mais esse absurdo. O endereço é https://fundoeleitoral.vemprarua.net.
O presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira, destacou o papel de movimentos que, de forma democrática e pacífica, defendem a construção de um novo Brasil, mais justo e de oportunidade a todos. “A Caciopar sempre se colocará ao lado da lei, da produção, da educação de qualidade e contra toda forma de corrupção, intolerância e abuso”.
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